O mundo é a minha casa; a Humanidade é a minha família. A Divina Mãe está ali e está aqui, em mim. Ela me chama.
Vou ao meu coração.
Vejo a corrente de energia que sai de mim e vejo a energia que chega a mim vindo do mundo, neste eterno fluir que é a vida. Onde estão os limites?
Ali, em meu coração, encontro o meu Ser Eterno, essa luz resplandecente que ilumina a minha caminhada desde o início dos tempos. Ali estou ante o Mistério, Silêncio Insondável.
Confio. Entrego-me.
Mergulho nessa corrente fresca e sempre renovada. Onde estão os meus preconceitos, meus medos, minhas dúvidas? Eles são levados por essa corrente de vida.
Desse lugar, percebo algo. O mundo está me chamando; o que me pede? A Humanidade me chama; do que necessita?
Desperto-me. Estou na consciência do aqui e agora. A Renúncia é este instante infinitesimal de consciência, este ponto de inflexão entre inspirar e expirar, entre a minha vontade e a Vontade do Todo, a Vontade Divina.
Respondo ao chamado da Humanidade.
Percorro o caminho da Renúncia, pequenos passos silenciosos, mas constantes. Vou deixando uma pegada que mostra o caminho que conduz a esta fonte de vida e plenitude, este caminho que é luz em meio às trevas da ignorância e da falta de sentido.
Não se trata de chegar a algum lugar, não se trata de alcançar algo. Trata-se de Ser caminhando, devenindo.
Minha vontade está focada em um ponto com o poder de um laser. Se quero que algo mude, eu sou a mudança. Se quero que algo novo cresça, eu o cultivo em mim. Porque a minha experiência está entrelaçada na trama do mundo.
Sou essa pequena onda de consciência que se expande para abarcar tudo. O infinitesimal feito potência.
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