24/12/2019

Obras de Amor | 1956

Cafh - um caminho de desenvolvimento espiritual

Curso: Mensagens I

Tradução e narração do texto original de Santiago Bovisio pela equipe Cafh

10ª Ens | Mensagem de 1956 | Obras de Amor


 


Obras de Amor - 1956

O amor da Divina Mãe há de mover todos os atos dos Filhos de Cafh.

Com esse único sentir eles hão de renovar todas as suas vidas.

E este trabalho divino de amor deve começar no pensamento.

A raiz do que determina os atos deve ser conhecida e orientada. Todos os pensamentos correntes devem ser substituídos por pensamentos emanantes, expansivos.

Se a alma se determina pelo amor, tudo está sujeito ao amor e o amor que se dá aos seres não é um esforço que se dá como algo desvinculado da própria alma, senão que é o amor em si. O amor que se traslada, que se reparte, que se limita, que vai e vem, que é alguma coisa, algo fora do próprio amor, não é amor.

O amor é um ato em si que se expande de si e se contrai em si: é o próprio amor: é o amor da Divina Mãe.

Penso no amor, atuo no amor, vivo no amor da Divina Mãe.

O amor como expressão do pensamento vivo apaga as diferenças, anula os preconceitos, desata os nós de diferenciação.

O amor fonte do pensamento vê todas as almas que devem ser amadas como se fossem ele mesmo.

Não há problema de amor de um para outro, mas problema de amor em si. É o amor da Divina Mãe. Então o ato de amor se transforma em um ato de amor em si, em um ato de amor puro.

As diferenciações dos seres, que lhes trazem tantas dores e sofrimentos, não são mais do que abusos de amor; querer ajudar a outro, querer aliviar os males, querer resolver os conflitos, querer salvar o que está perdido; tudo é vão.

O amor que se traslada, que diferencia amado e amante é vão, é outra fonte de dor e de penas infinitas.

O amor da Divina Mãe é o único amor que apaga todas as penas, todas as dores, todas as amarguras, porque é o amor em si.

Ele é a expansão da pena da alma, do problema da alma, da separatividade da alma.

O amor da Divina Mãe não é dois, não é chegar e terminar, não é amar e ser amado, não é sofrer e gozar da dor e do prazer alheio, não é ir e vir, nem é começar e terminar; o amor da Divina Mãe é sempre o amor, é o Amor em si.

Se eu amo a outro, amo a mim mesmo, se sofro por outro, sofro por mim mesmo; seu amor e sua dor são meus, pois não há dois amores.

Meu amor não há de solucionar por amor o mal de ninguém, mas meu próprio mal.

O amor da Divina Mãe é o ponto de solução de todos os problemas, de todos os males.

Amo e me amam e este amor dá vida a outra força de amor que quer viver e sobrepor-se aos dois amores que a geraram.

O amor da Divina Mãe ama simplesmente, dá-se aos outros em si, a intensidade de amor que se expande não vai para outro, mas se revela simplesmente.

Um amor pequeno sou eu, que se expande e vai-se reconhecendo em sua expansão; eu sou a outra alma, eu sou as outras almas, eu sou o céu de almas, eu sou todas as almas.

O amor não vem a mim nem eu vou ao amor.

Todo o amor das almas é meu amor, e elas todas estão em mim.

A menor dor de todo ser vivente é minha dor e toda pena e separatividade do Universo é minha amargura e solidão.

Eu sou o amor, o amor sou eu.

Este, somente, é o amor da Divina Mãe.

O amor da Divina Mãe há de mover todos os atos dos Filhos.

Há de surgir do pensamento como um reconhecimento de expansão de todas as almas na alma do Filho e há de expandir-se como um sentir único, completo, absoluto, simples, sem dualidade, sem compostos, sem princípio e sem fim.

O amor da Divina Mãe é o Filho e o Filho é o amor da Divina Mãe. 

 

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